sexta-feira, 21 de maio de 2010

As várias faces do amor

Hoje resolvi escrever sobre as diversas formas de amor.
Tempos atrás li um livro chamado O monge e o Executivo que fala sobre essas diferentes formas de amor.
Então hoje resolvi fazer um pésquisa na internet e dividí-las com você.

O ser humano experimenta, basicamente, três formas de amor, identificadas pelos antigos gregos como:
Eros, que está centrado na dependência dos parceiros;
Filos, que se baseia na segurança;
Ágape, o amor incondicional.

Primeiramente criamos couraças, máscaras que não refletem o nosso verdadeiro eu, na tentativa de nos defender e sobreviver, ficando imune à dor de um amor. Expressamos imagens que, acreditamos, vão garantir a aceitação por parte dos outros, vão atrair as pessoas para nós ou fazer com que elas nos admirem e queiram ser como nós. Desenvolvemos um conjunto de "jogos" que não são verdadeiros, mas que serve a nossos objetivos.Então, eros nos fisga. Eros, "o deus de olhos vendados", atinge-nos com sua flecha, e aquela flecha penetra através de todas as barreiras do ego e de mecanismos de defesa que criamos com tanto cuidado. Somos atingidos. Caímos "apaixonados". Fall in love...
A civilização grega sempre teve um passo adiante dos outros povos, seja nos progressos e descobertas na matemática, lógica, na ética, estética, e em tantos outros campos... Entre eles, estavam profundamente interessados no amor e, em sua relação com a alma humana.

Platão e outros filósofos acreditavam que o amor tinha como sede a alma e, a própria alma era portanto, o amor. Ela ainda comportava três dimensões, que correspondiam ao estômago, à mente e ao coração. Os gregos rotularam esses três tipos distintos de amor de eros, filos e ágape.

O amor eros é o amor “erótico”, sexual. Contudo, o conceito grego de eros na verdade se refira a todos os apetites físicos humanos. O apetite de comida e bebida era erótico (pertencente ao domínio do estômago), assim como o apetite do sexo – que traz consigo conotações de atração, encanto, mística, química e magnetismo animal.

O amor “filos” é o encantamento pelo intelectual. Filo é amar pessoas, coisas ou idéias de maneira não sexual. O relacionamento entre um aluno e seu professor pode ser de amor fílico, assim como alguém que ama seu trabalho e tem um relacionamento fílico com sua carreira. Você ama e celebra a própria vida? Isso também é filos. Uma das expressões mais poderosas de filos é a amizade...

A terceira e maior forma de amor dos gregos é ágape – o amor que nada busca em troca. É o tipo mais raro e valioso de amor. O que torna ágape diferente de eros e de filos é sua falta de egoísmo. Eros faz as pessoas lutarem para encontrar-se ou perder-se no outro. Filos faz com que queiram identificar-se com o outro. Agapé manifesta-se sem que o eu e seus motivos atrapalhem. Receber ágape é como sentir o sol brilhando sobre nós. Não há problema se brilha também sobre os outros; pelo contrário, queremos que os outros também o sintam. Dar amor agápico é como gerar a própria luz radiante do sol... É transmitir energia.

Alguns o fazem pela oração; outros pela meditação; pelas duras lições de vidas e a aquisição de sabedoria; outros ainda, pela busca mística; pela profissão... É quase que um amor místico, é indescritível, até Freud ao descrevê-lo desabafa: “Sou incapaz de descobrir em mim mesmo esse sentimento oceânico”. Os filósofos comparavam esta experiência (ágape) à sensação de uma gota que volta ao oceano, muitas vezes acompanhada de sensações visuais de luz divina, sensações auditivas de música divina, sensações gustativas de néctar divino ou sensações táteis de ser banhado pelo amor divino...

Terminando, há quem diga que o Amor teria três faces - Eros, Afrodite e Pã; e um relacionamento para a vida inteira passaria inevitavelmente por todas. A conquista da junção seria individual, e dependeria da força do sentimento individual, e da capacidade de relacionar-se, bem como da perseverança em trilhar o caminho em direção a um Amor ágape.

"Como é bom ser amado por pessoas que não se cansam de nós.

Extraordinário é olhar para as pessoas que me amam e perceber

que elas extraem de mim a melhor parte para que elas possam

crescer com a nossa presença e com o nosso jeito de ser"

Pe. Fábio de Melo



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